Sistema de suspensão

Sistema de suspensão

Para que serve a suspensão do veículo?

A suspensão do carro é o conjunto de peças que servem para sustentar o automóvel, ela conecta o chassi às rodas, ou seja, garante a sustentação do veículo, proporcionando estabilidade, conforto e controle do mesmo.

O sistema de suspensão é composto principalmente pelos amortecedores e molas, mas também por outros componentes, como braços, barra estabilizadora, pivôs, bandejas, buchas e bielas.

Além disso, a suspensão do carro também absorve a energia gerada em cada irregularidade no terreno, para que o motorista ou passageiro não sinta os trancos e solavancos. Ao mesmo tempo que assegura uma experiência mais confortável ao usuário.

A suspensão precisa garantir que a aderência do veículo à pista seja a maior possível. Por isso, quando a suspensão está comprometida, o risco do carro derrapar em estrada molhadas (aquaplanagem) é maior.

O sistema precisa, portanto, aliviar as vibrações da roda aos ocupantes e garantir a estabilidade do automóvel em curvas, freadas e irregularidades do terreno.

 

Quais os principais componentes do sistema de suspensão e amortecimento?

Determinadas peças são comuns a todos os tipos de suspensão, o que será alterado é a quantidade de cada uma, assim como a sua disposição. Logo, são componentes da suspensão indispensáveis os seguintes itens: 

  • Amortecedores;
  • Coxins;
  • Buchas das bandejas;
  • Buchas dos eixos;
  • Bucha do tirante;
  • Bucha do estabilizador;
  • Bieletas;
  • Terminais;
  • Batentes;
  • Pivôs;
  • Rolamentos de roda;
  • Junta Homocinética;
  • Coifas;
  • Kits de batedor;
  • Barra estabilizadora;
  • Molas da suspensão;
  • Cilindros de roda;
  • Bandejas;
  • Pneus;
  • Braço oscilante;
  • Itens do sistema de freio.

Quais os tipos de suspensão?

  • Eixo rígido ou barra de torção

Um dos sistemas mais antigos, empregado em carruagens, esse tipo de suspensão surgiu antes do automóvel. Até os anos 1950, os modelos de baixo custo utilizavam este sistema, o qual sempre é utilizado no eixo traseiro.

No caso de uma suspensão com eixo rígido, as rodas esquerdas e direitas estão ligadas por um único eixo. Portanto, o movimento de um lado afeta diretamente o outro, facilitando a perda de contato com a estrada. Sendo assim, o uso de molas e amortecedores é dispensado, pois a barra composta por material flexível, absorve as irregularidades da estrada com sua energia elástica.

Por seu custo de produção ser barato e ser resistente, essa suspensão é utilizada para a suspensão traseira de carros de gama baixa.

  • Feixe de molas

Entre os tipos de suspensão, este é presente na maioria dos veículos de carga. O feixe de molas é responsável por suportar grandes massas, poupando o veículo de prejuízo de comportamento dinâmico ou distensão do conjunto. Também é conhecido como a famosa “traseira arriada”.

O feixe de molas são um aprimoramento do sistema de barras de torção. Estes são formados por lâminas sobrepostas, que escorregam uma em cima da outra. Assim, elas retornam à posição original após a retirada da carga ou absorção do impacto.

Além disso, a manutenção dos pneus é em posição perpendicular ao solo e exige pouca manutenção. Também dispensa molas helicoidais e amortecedores, absorvendo a carga e impactos apenas com a elasticidade dos materiais. Sendo assim, são favorecidos pelas múltiplas camadas – os feixes de mola.

  • McPherson ou telescópica

Concebido por Earl S. MacPherson, esse sistema de suspensão simples consiste numa mola, um amortecedor e um braço de controlo baixo. Por possuir menos peças, seu peso é mais baixo e, consequentemente, tem um bom deslocamento.

A parte superior do amortecedor, que também serve como suporte nesse tipo de suspensão, suporta a carroçaria por meio de um apoio de borracha. Já a parte inferior é suportada pelo triângulo.

  • Suspensão fixa

No meio de modificação de suspensões, essa é a mais procurada quando se trata de rebaixar o carro. Ela é composta por amortecedores pressurizados com mais carga, além de molas em tamanho menor, podendo diminuir a altura da carroceria do carro em relação às rodas.

É importante ressaltar que esse tipo de suspensão deve ser adquirido de fornecedores confiáveis. E nunca se deve cortar as molas com o intuito de se rebaixar um carro, pois isso afeta diretamente a segurança e o comportamento dinâmico do veículo, podendo causar acidentes.

  • Suspensão de rosca

Essa suspensão é bem similar à suspensão fixa utilizada para rebaixar os veículos. A diferença é que ela possui um prato regulável no amortecedor, que se assemelha a uma porca girando em um parafuso.

Movimentando esse prato móvel, é possível subir ou descer a carroceria do veículo. O único inconveniente é que toda vez que você mexer na altura do carro, rosqueando para baixo ou para cima, deve ser feito um novo alinhamento.

  • Sistema de suspensão a ar

Nessa suspensão, as molas convencionais são substituídas por bolsas de ar. Um sistema de mangueiras é responsável por enviar o ar comprimido para essas bolsas. Assim, a altura do veículo pode ser regulada a qualquer hora, em alguns casos, via controle remoto, mesmo que ele esteja em movimento. Dentre as modificações da suspensão, essa é a mais cara.

  • Suspensão para GNV

Além de desejo por modificação, a suspensão também é alterada por necessidade. É o caso dos donos de veículos que optam por um kit de gás natural em seus carros. Como o cilindro de GNV adiciona mais de 100 kg ao veículo, é necessário fazer a troca das molas traseiras por modelos mais resistentes, para que a segurança dos motoristas e passageiros não seja comprometida.

  • Double wishbone ou Duplo “A”

É mais conhecido por sua aplicação em carros de competição. Modelos esportivos como Ferrari e Lamborghini costumam utilizá-lo também, devido à sua excelência na obtenção de estabilidade e comportamento dinâmico, sendo independente nas quatro rodas.

Seu peso e tamanho são reduzidos, trazendo grande versatilidade ao sistema duplo A, permitindo a montagem de molas e amortecedores na horizontal e vertical, trabalhando de modo a comprimir ou distender conforme a necessidade.

Entretanto, há uma grande complexidade de manutenção e dificuldade para encontrar componentes para tal. Sua montagem possui molas mais rígidas, causando maior sensibilidade a pavimentos ruins em pista de modelos esportivos.

  • Multilink

Conhecido como a evolução do sistema duplo “A”, corrigindo seus principais defeitos e preservando suas qualidades. Atualmente, é considerada o modelo mais moderno e eficiente, pois entrega estabilidade e conforto, além de baixo peso e versatilidade. Independente nas quatro rodas, que trabalham de forma totalmente individualizada. Não possui um formato padronizado de construção, pois cada fabricante projeta a sua de modo diferente. Seus braços podem ter uma construção no formato e quantidade de acordo com o projeto em questão, economizando peso e espaço.

Tal sistema oferece mesma estabilidade de um conjunto duplo “A” em um percurso mais longo, sem prejudicar o conforto ou exigindo molas muito rígidas. Além disso, é utilizado frequentemente na suspensão traseira de carros de tração dianteira com alto desempenho, mantendo a estabilidade e a alta velocidade. E, também, em carros de tração traseira com muita potência para manter tração.

  • Suspensão Independente

Tal suspensão permite que as rodas direita e esquerda consigam se mover de forma individual. Esse procedimento ajuda a lidar com irregularidades e buracos comuns das estradas.

Sendo um carro com tração traseira, a potência também é transmitida com mais eficácia às rodas. Possui um sistema leve e estável, oferecendo uma condução confortável.

Entretanto, é um sistema que não aproveita devidamente as capacidades dos pneus, comparado aos os triângulos duplos, por exemplo.

 

Afinal, como funciona o sistema de suspensão?

Durante a instalação, o sistema de suspensão já realiza o trabalho de suportar o peso da carroceria do veículo, além de manter uma distância preestabelecida entre o chassi e as rodas. Já em movimento, a suspensão mantém todas as rodas em contato com o solo, com a ajuda das molas e dos amortecedores.

Esses componentes regulam toda a ação da suspensão. Ao passar por um buraco, por exemplo, a mola se estica e se comprime. O amortecedor controla esse movimento, atuando na oscilação da mola. Em conjunto, essas duas peças dissipam a perturbação gerada pelo buraco, com a ajuda também do pneu.

Quando o carro entra em uma curva ou realiza manobras, a mola exerce uma força contra a carroceria, fazendo com que ela não incline muito. Por consequência, o veículo não derrapa nem sai pela tangente devido ao excesso de peso em um só lado. Para auxiliar nas curvas, também há ação da barra estabilizadora, que liga as duas colunas da suspensão e transmite a força igualmente para os dois lados.

Já nas frenagens, o sistema de suspensão atua equilibrando a força por toda a carroceria. Isso evita um efeito gangorra, o que prejudicaria a ação e faria com que o veículo levasse mais tempo para frear em uma situação de emergência.

 

Sinais de que a suspensão do seu veículo pode estar com problemas

É muito importante que o motorista esteja atento a determinados sinais que o veículo pode estar apresentando de que está com problemas no sistema de suspensão. Destacamos alguns indícios de que podem indicar que está na hora de fazer uma revisão no carro. Confira: 

  • Quando o veículo não obedece aos comandos do volante;
  • Apresenta desgaste irregular/precoce dos pneus;
  • Marcas de óleo no chão;
  • Ruídos ou pancadas secas na carroceria;
  • Perda de estabilidade em curvas;
  • Balanço excessivo em arrancadas.

 

Costuma-se falar em uma média de 40 mil quilômetros rodados para cada revisão nesses itens. Mas não se trata de nenhuma regra, já que o desgaste dos amortecedores depende muito do uso que se faz do veículo. Quem não toma cuidado ao passar por lombadas (quebra-molas), por exemplo, está forçando demais a suspensão, e a tendência é que os danos apareçam mais cedo. O mesmo acontece em veículos que costumam andar por terrenos acidentados ou irregulares. Ou também os que trafegam constantemente com excesso de carga. caso você leve o automóvel para um mecânico e ele recomende a troca do amortecedor apenas por conta da quilometragem, talvez seja uma boa ideia levá-lo a outra oficina. Isso porque esse é um item cuja troca deve ser preditiva, um meio termo entre a manutenção preventiva e corretiva.

O que isso quer dizer é que o item não precisa ser substituído sem nenhum sinal de desgaste. Mas também não deve ser trocado quando quebra. A substituição deve ser feita depois que a peça apresentou sinais de que sua eficiência já não é mais a mesma.  

Como fazer a troca da suspensão?

Para realizar a troca do amortecedor, que deve ser em pares, ou seja, de cada eixo, primeiramente deve-se remover a roda, linha de freio, parafusos e pinos para, enfim, retirar o amortecedor gasto.

O passo seguinte é instalar o amortecedor novo e colocar tudo isso no lugar novamente. Será que você tem o conhecimento e habilidade para fazer esse serviço?

E as ferramentas – sem uma chave pneumática, por exemplo, fica bem mais difícil. Um pequeno erro em qualquer uma das etapas pode causar uma dor de cabeça enorme.O legítimo barato que sai caro. Por isso, recomendamos deixar o trabalho para quem entende: um mecânico de confiança.

 Preços Médios da suspensão do veículo

O custo final dependerá, além do valor que a oficina cobrará pela mão de obra, das peças utilizadas, além do tipo de veículo, como um carro importado ou e luxo, por exemplo. Geralmente, o custo total para trocar os amortecedores fica entre R$ 250 e R$ 600.

Quem optar por trocar outras peças do sistema de suspensão do carro pagará mais. A substituição de molas, buchas e batentes, além dos já referidos amortecedores, poderá custar de R$ 800 a R$ 1,2 mil. Se o seu carro já rodou bastante e está ficando “velhinho”, essa manutenção completa pode valer a pena, pois aumentará a vida útil do automóvel. Muita gente, afinal de contas, não tem condições de trocar de carro com frequência.

Ou simplesmente gostam do seu veículo e, por isso, preferem investir nele do que comprar um novo.

 Manutenções Periódicas

Os amortecedores e outros itens da suspensão do carro estão longe de ser os únicos itens do carro que precisam ser checados de vez em quando. Vale a pena fazer uma revisão geral a cada seis meses para garantir que tudo está nos conformes. Nela, o mecânico poderá conferir o seguinte:

Se você pretende encarar uma viagem de carro, a manutenção preventiva é ainda mais importante. Já pensou ter um problema no carro no meio do caminho? Isso seria um desastre para as suas férias.

 

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